terça-feira, 31 de março de 2009

Vidro do Fusca

Sim, eu tenho um Fusca. E sim, ele tem nome. Ringo, muito prazer. Ringo Stout. Essa é a primeira aventura dele que eu vou contar aqui. Aventura não, né... Coitado, está mais para acidente. Saio com Raoni no carona. Paro o carro, desço, Raoni desce, bate a porta, me olha com uma cara estarrecida, ri meio sem graça, ri com muita graça, e finalmente fala "Ana, o vidro sumiu!". Eu me espanto, vou conferir, não vou conferir, realmente não vejo mais o vidro, falo "então fica aí do lado dele, não deixa ele sozinho". Voltamos pra casa, uma chave de fenda e um arame resolvem momentaneamente o problema. Momentaneamente. Era verão e eu desejava muito abrir aquele vidro!

Vou ao lanterneiro-meu-amigo, ele diz "compra essa pecinha", vou à loja, "quanto é, moço?", "um real", ele responde. Volto à oficina, servicinho rápido, zero real. Assunto resolvido.

Seguindo o modelo do Raoni no post abaixo, conclusão-Mastercard:
Conserto do vidro - um real
A cara de susto do seu amigo - definitivamente não tem preço!

PS.: Difícil descrever com fidelidade - e palavras - a cara dele... Estarrecida é um adjetivo muito banal! Rio muito só de lembrar!

PS.2: No próximo post do Ringo, Marcela, também conhecida como Pituca, arranca violentamente puxador do banco do carona. E mais: Isabela Bullus destrói maçaneta! (Qual o problema com as minhas caronas??)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Bonequinhos...

Ah, a infância...
Bom pré adolescência acredito para ser mais exato.
Mais um final de semana comum, sem muitas opções para três melhores amigos (na época, e deixo isso bem claro) de 13, 14 anos. As coisas na nossa vida nunca foram muito normais, nossas ideias nunca tinham muito nexo, mas enfim, tarde de inverno, friozinho gostoso, mtv na casa da Ana logo que lançaram a DirecTV (como é bom ususfruir das coisas dos amigos mais ricos hahuahaua). Anyway, decidimos que o tempo estava ótimo para uns biscoitos amanteigados com chocolate quente, que eram a nossa especialidade.
Livro de receitas na mão ingredientes no balcão, e la vamos nós colocar a mão na massa. Até ae tudo bem, três inocentes fazendo uma fornada de biscoitos e chocolate quente, pra comer assistindo os clipes do Aerosmith ou os Contos da Cripta. Massa pronta, bolinhas colocadas na forma untada e eis que, a terceira pessoa, resolve que o ideal nao seria fazer bolinhas de massa, mas bonequinhos.
Pausa dramática.
Porra imagina o trabalho que seria fazer bonequinhos de massa de biscoito sem ter o raio das forminhas certas para isso, ter de ficar moldando cabeças e membros! Decidimos que nao (eu e Aninha), mas imaginem uma terceira pessoa enchendo o saco enquanto vc está concentrado enrolando bolinhas de massa dizendo, "eu quero bonequinho, eu quero bonequinho, eu quero bonequinho".
Tááááááááááááááááááááááá, faz bonequinho, bonequinha, Barbie, Hello Kitty, Chucky, o que der na tua telha, mas nao me encha o saco enquanto estou concentrado mexendo nas minhas bolinhas.
conclusão:
saco de farinha - 8 reais
manteiga - 5 reais
ovos - direto das galinhas do tio da ana
fermento - 7 reais
açucar - 2,50
nossa paciencia - 10.000 reais
A cara da terceira pessoa quando TODOS os bonequinhos sairam queimados do forno... não tem preço
Realmente tem coisas na vida que o dinheiro nao compra...

Palha italiana

Não podia ser normal. Claro que não podia ser normal. Uma noite comum de um dia comum... Devia ser final de semana. Adolescentes sem nada pra fazer... Que tal filme e pipoca aqui em casa? Claro! Aliás... Por que não palha italiana? Hmmm, bom demais! O filme escolhido era um clássico do terror: O Massacre da Serra Elétrica. (A propósito, ainda gostamos dos filmes de terror... Fazer o quê, eles divertem! Como rimos desse...)

Vamos à palha italiana... Leite condensado, Nescau®, margarina, tudo na panela... Pronto! Agora, biscoito maisena. Cadê??? Mas é claro que não tinha. Qualquer casa tem, a qualquer momento, um pacotinho de biscoito maisena. No mínimo, um pacotinho de biscoito maria. Mas não... Eu só tinha rosquinhas! ROSQUINHAS!!! De coco! Esfarelentas!!! Ficamos só no brigadeiro? Mas é claro que não. Fomos fazer o doce com as rosquinhas. Deu certo? Ah, não, Murphy é nosso amigo...

Resultado: O Massacre da Serra Elétrica foi devidamente apreciado com um "delicioso" tutu italiano. Difícil saber o que era pior: as belíssimas imagens do filme ou o nosso docinho.

terça-feira, 24 de março de 2009

Pois é, estamos aí...

Pois é, estamos aí...
Depois de alguns anos sem escrever nada juntos, talvez devido à distância geográfica que nos separava, talvez por acharmos que as nossas histórias da carrocinha nos levariam ao estrelato e a um prêmio pulitzer (como foi dura a queda...)ou talvez pela velha e boa desculpa da preguiça, ou mesmo por falta de criatividade, vontade ou qualquer outra desculpa esfarrapada que você quiser inventar, e nos mandar, para a gente ver se fica legal, e quem sabe aproveitar no trabalho, ou algo do gênero, resolvemos montar esse blog e reunir nossas experiências traumáticas do cotidiano e dividi-las com vocês queridos (ou não) leitores.
E podemos garantir que qualquer experiência cotidiana em se tratando de Ana Carolina e Raoni, não se trata de mero cotidiano, mas de verdadeiras jornadas épicas, passando pelas mais absurdas situações possíveis e imagináveis por um ser humano comum, ou com a mente seriamente perturbada como a nossa, talvez tudo isso porque uma certa lei se aplica nítidamente em nossas vidas... Aquela velha conhecida, que diz que se alguma coisa pode dar errado, dará!
Acho que ta bom para um post de abertura, até porque neste momento a inspiração me falta e o relógio me lembra de compromissos que, acreditem, estou nem um pouco afim de cumprir.
Welcome!